Entenda a ótima relação entre os exercícios e o bom humor

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A Ciência já descobriu que praticar atividade física regularmente e na medida certa melhora o humor das pessoas.   Com isso, o Personal Trainer  deve estar deve estar atento ao planejar e executar o  programa de exercícios para que o cliente tenha  todos os benefícios, incluindo a melhora do humor.

Uma pesquisa publicada em 2011 pelo portal da Educação Física em Revista, apontou diversas evidências de que a prática regular de exercícios físicos auxilia tanto na prevenção quanto no tratamento de doenças relacionadas ao humor.

Não é nenhuma novidade que a prática  regular e bem orientada de exercício físico melhora consideravelmente a qualidade de vida das pessoas. A auto-estima elevada, seja por fatores de saúde ou mesmo estéticos, permite que os praticantes realizem com mais facilidades  as atividades do cotidiano. As relações sociais também são fortalecidas a medida que os treinos se tornam frequentes, transforma o exercício e os seus benefícios em um estilo de vida saudável.

As relações sociais também são fortalecidas a medida que os treinos se tornam frequentes

Entre as diversas evidências apresentadas na pesquisa está a relação diretamente proporcional entre o estado psicológico do indivíduo percebido através de depressão, ansiedade e perturbação do humor com maior incidência de doenças cardíacas, câncer, diabetes, transtornos mentais e acidentes. Os pesquisadores apontam que o exercício físico, na medida certa e em condições adequadas, tem se mostrado uma excelente alternativa não-farmacológica, com menor custo e maior adesão tanto na prevenção quanto no tratamento de transtornos psicológicos. 

A pesquisa relata também um fato muito interessante. O estilo de vida está associado ao estado de humor da pessoa. Conforme as evidências, adotar um estilo de vida saudável, uma boa alimentação, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, ficar longe do cigarro e praticar regularmente exercícios físicos contribui de forma positiva na prevenção e/ou no tratamento de doenças relacionadas ao humor. 

Sobre isso, os dados do Ministério da Saúde trazem um alerta. No ano de 2010, 34,2% da população brasileira, com idade acima de 18 anos, consumiu carne com excesso de gordura, 15,1% foi classificada como fumante, 18% consumiu bebida alcoólica de forma abusiva e 14,2% foi considerada inativa fisicamente.

O estudo também analisou uma pesquisa realizada em 2007, que analisou o estilo de vida 1169 adultos. A conclusão é péssima para quem resiste a um estilo de vida saudável e insiste em manter maus hábitos alimentares, continua fumando e bebendo com frequência e se distancia cada vez mais do exercício físico. O resultado é que tudo isso além de estar relacionado a outras doenças, afeta negativamente o estado de humor.

Em 2007, uma dupla de pesquisadores, Williams e Tappen, realizou um estudo com 90 doentes de Alzheimer que foram randomizados em três grupos: o primeiro com exercícios abrangentes (caminhada, treino de força, equilíbrio e flexibilidade), o segundo com caminhada supervisionada e o terceiro foi o grupo controle que realizou conversa social. Foi verificado o nível de afeto, o humor e o estado mental, além de avaliação da capacidade funcional, os testes foram realizados antes e depois do programa. As sessões tinham duração de 15 minutos nas primeiras seis semanas, 20 minutos nas próximas seis semanas e trinta minutos nas quatro últimas. Ao final de 16 semanas o grupo que realizou exercícios abrangentes apresentou melhora no humor positivo quando comparado ao grupo de caminhada supervisionada e este por sua vez, apresentou melhoras em relação ao controle.

Um grupo de pesquisadores também relataram em um trabalho desenvolvido em 2009 que o fator ambiental e o tipo de exercício realizado são fundamentais para que o indivíduo se sinta confortável para a prática do exercício.

Os estudiosos afirmaram que os efeitos do exercício no condicionamento e na mudança corporal, com melhora da imagem, aumentam o autoconceito e a auto-estima. 

O estilo de vida está associado ao estado de humor da pessoa.

Os trabalhos de diversos autores apontados acima apresentam algumas hipóteses para explicar os benefícios do exercício sobre o humor, sustentando que o exercício aumenta o nível de neurotransmissores (noradrenalina e serotonina) promovendo melhora do humor. Além disso, ocorre também aumento de endorfina circulante que está diretamente relacionada à sensação de euforia e redução da ansiedade, tensão e raiva. Em longo prazo pode-se verificar também modificações no sistema nervoso autônomo através da supressão dos receptores adrenérgicos e aumento da atividade vagal, que pode estar relacionado com o aspecto psicológico.

As pesquisas científicas relatam que o exercício aumenta a secreção de beta-endorfina (melhorando o humor) e da densidade mineral óssea, diminuição da frequência cardíaca de repouso, além de contribuir no controle do perfil lipídico e da pressão arterial, repercutindo desta maneira na saúde geral do indivíduo. A obra de McARDLE et al (2001) destaca outro aspecto importante sobre a prática regular de exercício, relatando que o aumento da oferta de ACTH (hormônio corticotrófico), estimula a atividade das glândulas supra-renais a promover o catabolismo de gorduras. 

Outros estudos ainda apontam que a relação entre exercício e essa mobilização de gorduras melhora o estado de humor dos praticantes, uma vez que reflete na imagem corporal. Além disso, o exercício físico aumenta a produção de serotonina, presume-se que ela seja a principal substância transmissora associada ao sono.Essas pesquisas afirmam consensualmente que a prática regular de exercício físico está intimamente relacionada com uma melhor qualidade de vida, qualidade essa que deve ser entendida como um conjunto de fatores psicológicos, fisiológicos, sociais e ambientais. Para os pesquisadores, o exercício físico atua na prevenção e na promoção da saúde mental por meio da melhora do humor além de proporcionar melhoria no condicionamento cardiovascular e na composição corporal. 

O Personal Trainer é fundamental para que tudo isso ocorra também na prática, uma vez que deve prescrever o exercício considerando os princípios científicos do treinamento desportivo, analisando de forma criteriosa todos os aspectos relacionados ao exercício físico, evitando o aparecimento da síndrome do excesso de treinamento (overtraining), que pode entre outros problemas, ocasionar alterações no estado de humor. 

 

Bora treinar com segurança e alegria!

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